Muitas pessoas não têm dado a devida importância ao lugar da razão no culto ao Senhor. Não faltam aqueles que dizem que a razão não tem lugar na adoração e na exaltação do nome de Jesus. Como conseqüência, vemos cultos onde há “emoções à flor da pele”, mas pouco entendimento do que se está fazendo.
Os cristãos que não fazem uso da razão em sua vida não têm condições de julgar nada do que lhes é proposto, e é por isso que, dia após dia, a ênfase dada às experiências tem aumentado e a leitura da Palavra de Deus diminuído.
Parece, para mim pelo menos, que muitas pessoas, ao irem à igreja, deixam em casa o cérebro, pois ele só é importante durante a semana, no trabalho ou na escola. Mas será que isso deve ser assim mesmo?
Quando olhamos para a Palavra de Deus temos uma surpreendente exortação de Paulo à Igreja de Roma: “Rogo-vos, pois, irmãos, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1).
O apóstolo não está dizendo (e nem eu quero insinuar) que a emoção não tem lugar no culto. A emoção faz parte do culto mas deve estar sujeita à razão. Nós entendemos racionalmente o que Deus fez e faz por nós, e conseqüentemente nos emocionamos. Por exemplo, não há como não nos emocionar quando entendemos a obra de Cristo na cruz do Calvário pagando o preço pelo nosso pecado.
A razão precede a emoção e uma alteração nessa ordem só nos traz prejuízos. Uma evidência disso está no fato de que a desculpa para muitas loucuras que são feitas é justamente: “eu agi na emoção” ou, em outras palavras, “agi sem pensar”.
Deus requer de nós a busca de uma vida piedosa, mas também uma busca racional das verdades reveladas
O uso da razão na vida cristã só tem a nos tornar crentes melhores, pois entenderemos a Palavra, nos emocionaremos com ela e agiremos conforme o que ela nos prescreve. Isso nos levará a ser mais santos, mais amorosos, ter mais fé e mais disposição para pregar o Evangelho, pois teremos, através do Espírito Santo, um conhecimento firme da doutrina de Jesus.
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