27 janeiro 2009

Ricos pobres ou pobres ricos, o que vem a ser melhor?

familia No livro de Provérbios lemos: “Uns se dizem ricos sem ter nada; outros se dizem pobres, sendo mui ricos” (Pv 13.7).

Podemos pensar nesse versículo em relação à família. Vivemos dias em que a ênfase não é no que somos e, sim, no que temos. Esse pensamento tem influenciado até mesmo a igreja e, por causa disso, vemos muitos pais de família se acabando de trabalhar, com um emprego pela manhã, outro à tarde e, muitas vezes, até à noite.

O que acontece é que, na ânsia de garantir uma boa situação financeira para a família, as pessoas só têm tempo para trabalhar e não conseguem tirar um tempo para a sua família. Não há um bom relacionamento entre marido e esposa, não há diálogo entre pais e filhos e culto doméstico é algo que nem mesmo lembramos o que é. A conta bancária aumenta (e às vezes nem isso acontece), e a comunhão familiar vai de mal a pior.

Não quero insinuar que não devamos nos preocupar com a vida financeira. De modo nenhum! O que estou dizendo é que de nada vai adiantar ter uma vida abastada e viver sob o mesmo teto com “estranhos”.

A vida espiritual de nossas famílias é muito importante, e a maior riqueza que podemos ter é uma família piedosa, que serve ao Senhor de todo o coração. Jesus disse certa vez: “Que aproveitará o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” Podemos de igual modo perguntar: Que adianta juntar muito dinheiro e perder a família?

Busquemos, portanto, em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas nos serão acrescentadas, segundo a vontade do Senhor.

17 janeiro 2009

Restaura a nossa sorte

torrente “Restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes do Neguebe”, foi o pedido do escritor do Salmo 126 no versículo 4. Ele sabia que, por maiores que fossem as tribulações e as dificuldades, o Senhor era poderoso para mudar a sua sorte.

Mas de onde vinha essa confiança do salmista? Observando o versículo 1 temos a resposta. Ele tinha consciência de que o Senhor não muda e que continuava poderoso para fazer milagres. Ele lembra que o Senhor já havia livrado o povo do cativeiro e essa era a sua esperança, pois sabia que, do mesmo modo que Deus agiu no passado, poderia agir também em sua vida.

O salmista tinha ainda outra certeza. Além de ter consciência de que a restauração vem do Senhor, ele sabia também que tudo acontece no tempo de Deus. “Restaura... como as torrentes do Neguebe”. O Neguebe ficava ao sul do território de Israel, em uma região seca com vários leitos de rios secos. Sem ter uma data certa, o leito se enchia de água e a vegetação novamente florescia. O que o salmista está expressando ao fazer essa comparação é a total dependência da vontade de Deus. Ele sabe que a restauração virá, mas no tempo de Deus.

Observamos ainda no final do texto que o salmista, apesar das tribulações, continua a fazer a sua parte (Sl 126.5-6). Ele demonstra que tem certeza da ação de Deus, mas sabe que tem de fazer a sua parte e esperar a bênção do Senhor – “Os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão” – ele confia no Senhor.

Em nossas vidas também devemos agir assim. Em meio a tribulações, devemos buscar a restauração da nossa sorte no Senhor, lembrando que o Deus que nos salvou é poderoso para mudar qualquer situação da nossa vida, mas isto no seu tempo. Também não podemos desanimar, devemos continuar a nossa luta diária, sabendo que o trabalho precede a benção de Deus.

Coloquemos a nossa vida diante do Senhor e confiemos em seu cuidado.

09 janeiro 2009

Alegria, resultado da confiança no Senhor

alegria_blog Assim está escrito em Provérbios 16.20: “O que atenta para o ensino acha o bem, e o que confia no Senhor, esse é feliz, e o Salmo 33.21 diz: “Nele o nosso coração se alegra, pois confiamos em seu santo nome.”

A Bíblia sempre nos exorta a confiar no Senhor e coloca a alegria como resultado dessa confiança.

A oração do profeta Habacuque nos traz um exemplo tremendo dessa alegria proporcionada pela confiança no Senhor. Ele diz que ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, mesmo apesar disso ele se alegra no Senhor.

Que confiança tinha esse Profeta no Deus Altíssimo a ponto de declarar que, apesar dos problemas, continuaria alegre, confiado no Deus provedor.

Devemos ter em nossas vidas a mesma confiança que tinha o profeta. Todos passamos por provações e dificuldades, mas, a partir do momento em que colocamos tudo diante do Senhor e confiamos, temos razões para nos alegrar, pois teremos no coração a certeza do cuidado do Senhor.

Em nosso hinário há um hino que diz: “Se paz a mais doce me deres gozar, se dor a mais forte sofrer, oh seja o que for, tu me fazes saber, que feliz com Jesus sempre sou! Sou feliz com Jesus, sou feliz com Jesus meu Senhor.”

Esse hino foi composto diante de uma tragédia. O escritor soube da morte da sua esposa e filhas e, em meio à dor da perda, compôs esse belo hino expressando a confiança requerida pelas Escrituras.

A nossa alegria não é ocasional. O cristão é alegre porque confia a sua vida ao seu Senhor.

Louvemos a Deus, que nos proporciona alegria até nos momentos de dor. Basta confiarmos.