O próximo domingo será um dia importante para a nossa nação. Milhares de brasileiros estarão indo às urnas a fim de escolher o próximo presidente da República. O clima está tenso, desde muito antes do primeiro turno.
Algumas das perguntas que surgem na cabeça de muitos são: O que nos espera depois dessas eleições? O que será de nossa vida se o candidato A ou B forem eleitos? Como estará o país em 2019?
Estas perguntas deveriam nos levar a outras questões de maior importância: Nas mãos de quem nós estamos? Quem é que governa a nossa vida?
Diante de momentos como o que estamos vivendo, estas são as perguntas mais relevantes a serem feitas. O profeta Daniel, que profetizou num dos períodos mais conturbados para o povo de Deus que foi o cativeiro babilônico, registrou em seu livro as seguintes palavras: “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Dn 4.35).
Curiosamente essas palavras não saíram da boca de Daniel. São palavra que saíram da boca do homem mais poderoso daqueles dias, Nabucodonosor. O poder de Nabucodonosor é comprovado pelo sonho que ele teve, cuja significação, segundo Daniel era: “A árvores que vieste, que cresceu e se tornou forte, cuja altura chegou até o céu, e que foi vista por toda a terra, [...] és tu, ó rei, que cresceste e vieste a ser forte; a tua grandeza cresceu e chega até ao céu, e o teu domínio, até à extremidade da terra” (Dn 4.20,22).
Entretanto, a despeito de todo o poder de Nabucodonosor, Daniel afirmou o Senhorio e o poder daquele que é o Rei sobre toda a terra: “Quanto ao que viu o rei, um vigilante, um santo, que descia do céu e dizia: Cortai a árvore e destruí-a, [...] esta é a interpretação, ó rei, e este é o decreto do Altíssimo, que virá contra ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer” (4.23,24).
Deus iria punir o rei por causa de sua arrogância, por achar que ele estava onde estava por seu próprio poder, como se vê no v. 30: “falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?”.
Enquanto o rei se vangloriava, veio a voz do céu repetindo as palavras que ele ouvira de Daniel e ele, expulso de entre os homens, pastou com os animais do campo. Foi no fim daqueles dias que Nabucodonosor afirmou que levantou os olhos aos céus, voltou-lhe o entendimento e ele louvou a o Altíssimo, o “que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração”, diante de quem os moradores da terra são reputados por nada, pois ele faz o que quer (Dn 4.34,35).
Deus tinha planos para Israel no cativeiro, mas o seu povo não estava à mercê de Nabucodonosor. Havia um Rei mais poderoso do que ele que estava governando sobre tudo e sobre todos.
Foi este glorioso Rei que Isaías viu ao entrar no templo, no ano da morte do rei Usias (Is 6). Ali estava o Senhor Jesus Cristo, conforme João, que afirmou que Isaías “viu a glória dele e falou a seu respeito” (Jo 12.41). Todos os homens, até aqueles que não reconhecem a Cristo, são dependentes dele e estão debaixo do seu governo.
Domingo, ao ir às urnas, não se esqueça disso. Domingo, mais do que o dia em que escolheremos o próximo presidente, será mais um dia do Dia do Senhor, do glorioso Rei que nunca deixará de governar.
É ele quem governa a sua vida, é nas mãos dele que você está bem seguro. O Senhor nunca se arredou do seu Trono, nunca será deposto ou será pego numa ação anti-corrupção. O Senhor nunca errará ao cumprir tudo aquilo que ele decretou desde a eternidade, ainda que para você as coisas pareçam estar fora do lugar. Ele não falhará em nenhuma sequer de suas promessas
Portanto, cumpra o seu dever cívico no domingo, mas não deixe que a preocupação e a ansiedade de querer saber quem vencerá o pleito presidencial o faça esquecer a bênção gloriosa de cultuar àquele que nunca se afastou de seu trono.
Domingo é sempre dia de escutar, por meio da Palavra, o que este grande Rei tem a dizer ao povo que ele ama. É dia de agradecer o que ele tem feito até aqui e declarar a confiança que temos em relação ao futuro, seja ele qual for.
Para isso, traga à sua memória os grandes feitos que ele tem feito em sua vida, pois um coração que se esquece do que foi feito pelo Senhor nunca conseguirá descansar em seu governo.
Que o Senhor abençoe a nossa nação. Que ele cumpra os seus propósitos em nosso país e use a sua Santa Igreja para proclamar aos nossos compatriotas que a esperança está naquele que está assentado no Trono, desde toda eternidade.
Confie no Senhor e vote com responsabilidade e consciência, seguindo os preceitos de sua Palavra.