29 setembro 2008

Por ocasião do 14º aniversário da IPBPC

Não a nós, SenhorIPBPC

O apóstolo Paulo, na epístola aos Romanos, louva a Deus no capítulo 11 e afirma que “dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (11.36).

Dessa premissa, surge um dos lemas da Reforma Protestante: “Soli Deo Gloria”, ou, glórias somente a Deus. A despeito disso os homens, não poucas vezes, querem a glória para si mesmos. Não sabem (ou esquecem-se) que sem ele não podemos efetuar nada. Ele efetua em nós o querer e o realizar conforme a sua boa vontade (cf. Fp 2.13), é o que a Bíblia nos ensina.

É muito bom, ao completar 14 anos como igreja organizada, poder relembrar essa verdade. Devemos agradecer a Deus o que ele realizou e tem realizado ao longo desses anos por meio de cada um que por aqui passou e daqueles que ainda fazem parte da IPBPC.

O Salmo 115 nos faz pensar em verdades preciosas que devem estar em nossa mente a cada aniversário de nossa igreja. São elas:

1. O homem não merece a glória – “Não a nós, Senhor, não a nós” (v. 1) – O salmista entende muito bem que não é ele quem tem de ser glorificado. Cada um que fez e faz parte desta igreja tem sido instrumento de Deus, mas a glória não é de nenhum de nós. Devemos entender essa verdade e aplicá-la em nossas vidas. Deus se utiliza de nós, nos concede o privilégio de trabalhar para a expansão do reino, mas não divide a sua glória com ninguém. Que, à semelhança do salmista, reconheçamos isso e, por mais que sejamos usados por Deus, gritemos à uma: “Não a nós, Senhor.”

2. Deus deve ser glorificado – “mas ao teu nome dá glória” (v. 1) – Como já foi mencionado, todas as coisas são para o louvor da glória de Deus. Ele nos criou para sua glória, nos chamou para a sua glória, nos usa para a sua glória, tem nos sustentado para a sua própria glória. O Salmista se apressa em direcionar a glória a quem de direito e o faz citando algumas razões:

a) – Deus deve ser glorificado por causa de sua misericórdia – “por amor de tua misericórdia” (v. 1) – A Bíblia ensina que as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque não têm fim, renovando-se a cada manhã (cf Lm 3.22,23). As misericórdias do Senhor têm se renovado sobre nós. Devemos nos lembrar sempre de que o que merecemos da parte de Deus é a sua ira, mas ele, em Cristo Jesus, tem exercido misericórdia sobre aqueles que crêem.

b) – Deus deve ser glorificado por cauda da sua fidelidade – “e da tua fidelidade” (v. 1) – Deus é fiel em todas as suas promessas. Ele nunca negará aquilo que disse e sempre cumprirá o que decretou. A maior expressão da fidelidade de Deus é a cruz do Calvário. Na cruz o Senhor se manteve fiel à promessa dada a Adão e Eva quando eles pecaram. Quando eles quebraram a Aliança, o Senhor prometeu que o descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente e foi isso que Jesus fez na cruz do Calvário. Venceu de uma vez por todas a morte e trouxe vida eterna a todo aquele que nele crê.

c) – Deus deve ser glorificado porque faz tudo como lhe apraz – “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada” – Esta é a resposta do salmista à pergunta das nações: “Onde está o Deus deles?” (v. 3). Por mais que as nações não acreditassem, o salmista tinha plena convicção de que o Senhor reina e, como soberano, realiza todas as coisas, como bem quer. Deus é o Soberano Senhor do Universo. Ele não precisa pedir conselhos a ninguém e, mesmo que as pessoas não creiam, continua reinando soberano e dirigindo nossas vidas. Deus deve ser glorificado porque nada acontece fora da sua vontade, nada foge aos seus planos.

O salmista encerra o Salmo 115 reafirmando que bendiria ao Senhor com o povo: “Nós, porém, bendiremos o Senhor, desde agora e para sempre. Aleluia!” (v. 18).

À semelhança do salmista, devemos estar alicerçados nessas convicções. Certamente experimentamos, nestes 14 anos, a misericórdia e a fidelidade do Senhor e, certamente, o Senhor tem feito em nossa igreja aquilo que lhe apraz. Louvemos, portanto, a ele e tributemos toda a glória ao Senhor da IPBPC. Que ele nos conceda a graça de permanecer fiéis, testemunhando de Cristo onde ele nos plantou.

Que Deus nos abençoe.

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