Não sou muito afeito a comentários políticos, mas a declaração do Sr. Presidente em entrevista à Folha de São Paulo na última quinta-feira me fez repensar esta questão.
Ao explicar os “acordos” políticos que, segundo ele, têm de ser feitos por qualquer um que ganhe as eleições para governar, afirmou: “Quem vier para cá não montará governo fora da realidade política. Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão” (sic).
Tal declaração tem repercutido e provocado muitos comentários que vão desde constatações sobre a arrogância do presidente em se comparar a Cristo até o da profunda ignorância sobre a pessoa do Senhor, como bem comentou o jornalista Clóvis Rossi em sua coluna do jornal “A Tribuna” do dia 22/10: “Se Frei Betto, o confessor ou ex-confessor de Lula, tivesse ensinado seu amigo direitinho, o Presidente aprenderia que Cristo foi crucificado justamente porque não fez coalizão com os judas da vida.”
Rossi está corretíssimo! O nosso Senhor Jesus nunca transigiu, nunca fez concessões e nunca se ajuntou, nem se ajuntaria em aliança (coalizão) com aquilo ou aqueles que estão errados. Não que eu pense que o Presidente esteja correto em suas posições éticas e políticas, nem que eu concorde com a ideologia socialista, muito pelo contrário, mas a afirmação revela que não importam os acordos e conchavos a serem feitos, o que importa é manter-se no poder.
A visão do Sr. Luiz Inácio sobre o Jesus Cristo também explica muito do que temos visto no governo petista. Ao mesmo tempo em que este governo levanta as bandeiras pró-aborto e pró-homossexualismo a ponto de ele afirmar em uma conferência de homossexuais que “nós precisamos nos gostar do jeito que nós somos”, consegue dizer na Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro: “Compartilhamos os mesmos ideais pregados por Cristo há dois milênios e que continuam válidos até hoje.”
Mais ainda, a sua ministra que, segundo o jornal “Estadão on-line” do dia 6/10, não é religiosa abre o discurso que fez em uma Assembléia de Deus saudando “os queridos irmãos e irmãs. Que a paz do Senhor esteja com vocês”, afirma que Lula defende os valores cristãos no Brasil e na mesma semana toma um “banho de axé” com pais de santo na Bahia.
Alguém já disse acertadamente que agimos de acordo com o que cremos, e tudo isso demonstra no que creem esses políticos citados: no poder! Para chegar lá, eles têm feito de tudo para “laçar” os evangélicos brasileiros e, infelizmente, muitos dentro do incauto evangelicalismo brasileiro têm-se deixado enredar.
A Escritura nos ensina a respeitar e orar pelas autoridades (cf. Rm 13.1-7; 1Tm 2.1-2), mas é nosso dever também votar de forma consciente. Não estou propondo aqui a eleição de um candidato evangélico, mas simplesmente um avaliar e um ponderar sobre aqueles que têm, de forma tão descarada, tentado manipular os que professam a fé no Salvador.
Se você ama e conhece o Senhor Jesus Cristo, certamente pode avaliar pelas Escrituras aqueles a quem direcionará o seu voto.
Que o Senhor nos dê sabedoria.
1 comentários:
Lamentável! Nosso digno sr. Presidente não somente mostra seu desdém à religião cristã, em seu comentário nefasto e ofensivo, como abusa de sua ignorância dando claras mostras de ser o mais inepto dos homens no poder, falando até em nível cultural, quando intenta usar material que não domina. Triste é saber que ele é a "cara" do povo que governa, democraticamente falando. E que o brasileiro comum, que vive e participa da mente e projetos do governo, pode até pensar igual, ou nem saber do que o Presidente está falando. Alguns já disseram que Sodoma e Gomorra eram amantes, e alguns cristãos já manifestaram sua aversão ao tal do sr. Westminster, que acha que tem sempre razão!
Sei que erramos por não conhecer as Escrituras, mas já estamos chegando às raias da estupidez pública já não ser nem mais percebida, porque o povo não entende, não julga e nada conhece.
parabéns pelo post. abcs
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