No início da manhã de hoje, após uma longa sessão que começou na manhã do dia anterior, os senadores da República votaram a favor da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma, que foi afastada por até 180 dias.
Diante desse quadro, o que esperar?
Muitos já celebram o ocorrido como se fosse a salvação da pátria e como se o presidente em exercício Michel Temer fosse transformar a nação, que padece em meio à tanta corrupção, do dia para a noite.
A verdade é que, por mais que seja bom que os crimes de responsabilidade sejam apurados e punidos, não sabemos, sequer, se o presidente Temer não está também envolvido em esquemas de corrupção, já que teve seu nome citado por delatores da Operação Lava Jato.
É preocupante quando cristãos seguem a massa e começam a colocar sua esperança em homens. Sobre isso, o salmista afirmou: “Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios” (Sl 146.3-4).
Devemos orar por nossa nação e por nossas autoridades. Esse é um mandamento bíblico, mas, a despeito disso, não podemos achar que nossa vida irá bem ou mal por causa de governantes. A ilusão de muitos cristãos é tamanha, que eles acham que se o Brasil tiver um presidente evangélico Deus será mais propício à nação. Prova disso são os discursos pró-Marina, pelo simples fato de se denominar cristã, apesar de abraçar uma ideologia partidária frontalmente contrária às Escrituras, ou as “profetadas” a respeito de sua eleição, vinda de uma “pastora” da Lagoinha, ou, mais recentemente, o entusiasmo de cristãos que declaram apoio ao deputado Bolsonaro, com a notícia de que ele foi batizado no rio Jordão por seu companheiro de partido, o Pr. Everaldo, candidato à presidência no pleito de 2014. Agora ele é crente!, se alegram alguns...
Não, nossa esperança não está em um governante honesto, nem em governantes competentes, tampouco em governantes evangélicos. A esperança do cristão continua sendo o seu Redentor, Cristo Jesus.
Precisamos, urgentemente, nos firmar nesta bendita verdade. A única maneira de viver uma vida abundante é por meio da fé em Jesus, que perdoa todos aqueles que se arrependem dos seus pecados, confiando somente em seu sacrifício.
Aqueles que vivem dessa maneira podem experimentar a mesma alegria de Habacuque que, em meio à iminência dos sofrimentos do cativeiro declarou: “ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação” (Hc 3.17-18). Ou ainda, como Paulo, podem alegrar-se sobremaneira no Senhor e aprender a viver contente em toda e qualquer situação, podendo todas as coisas naquele que os fortalece, quer seja estar humilhados ou honrados, ter fartura ou fome, abundância ou escassez (cf. Fp 4.10).
Nessa perspectiva, podemos voltar ao Salmo 146 e verificar que, após ordenar que não se confiem em príncipes, nem nos filhos dos homens, o salmista declara: “Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no Senhor, seu Deus, que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e mantém para sempre a sua fidelidade” (146.5-6).
Esse Deus Poderoso e Soberano, criador de todas as coisas, continua o salmista, “faz justiça aos oprimidos e dá pão aos que têm fome. O Senhor liberta os encarcerados. O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos. O Senhor guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva, porém transtorna o caminho dos ímpios.” (Sl 146.7-9).
Você pode, então, esperar o que todo cristão tem garantido nas Escrituras. Que o Senhor continuará conduzindo a história e cuidando do seu povo.
Diferente dos governantes que entram e saem, que morrem e voltam ao pó, “O Senhor reina para sempre; o teu Deus, ó Sião, reina de geração em geração. Aleluia!” (Sl 146.10). Portanto, confie nele de todo o seu coração, enquanto ora por aqueles que ele estabelece nos governos.
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