06 novembro 2010

Após as eleições...

faixa-presidente “Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades” (Tt 3.1).

Não há mais lugar para especulações sobre quem governará o país a partir de 1º de janeiro de 2011. No domingo passado o povo brasileiro escolheu, democraticamente, a Sra. Dilma Roussef que será, querendo o Senhor, a primeira mulher a ocupar a presidência da nação.

Preferências eleitorais à parte, os cristãos devem ser lembrados, como Paulo ordenou a Tito fazer, que devem se sujeitar às autoridades. Não deve haver dúvidas de que na eleição da Sra. Dilma foi feita a vontade de Deus e é justamente esta a razão alegada por Paulo quando escreveu aos Romanos falando da sujeição às autoridades: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas (Rm 13.1). É bom lembrar que o governante no tempo em que Paulo escreveu aos Romanos era Nero, aquele mesmo que ateou fogo na cidade e que pôs a culpa nos cristãos, fato que culminou na perseguição e morte de muitos irmãos. É a este governante que Paulo ordena que a igreja de Roma se sujeite.

É dever da igreja não somente submeter-se aos governantes, mas também interceder por eles diante de Deus (1Tm 2.1,2). A Confissão de Fé de Westminster, símbolo de fé aceito pela Igreja Presbiteriana do Brasil, ensina:

“É dever do povo orar pelos magistrados, honrar as suas pessoas, pagar-lhes tributos e outros impostos, obedecer às suas ordens legais e sujeitar-se à sua autoridade, e tudo isto por amor da consciência. Incredulidade ou indiferença de religião não anula a justa e legal autoridade do magistrado, nem absolve o povo da obediência que lhe deve, obediência de que não estão isentos os eclesiásticos.” (XXIII.IV)

É claro que essa sujeição não é cega nem é requerida quando as autoridades se opõem à Lei do Senhor. Como exemplo podemos ver que no livro de Atos os apóstolos, quando foram proibidos de falar no nome de Jesus, afirmaram em duas ocasiões: “Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus” (At 4.19) e “antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).

Se o governo da Sra. Dilma será bom para o país não só em termos econômicos, mas, sobretudo, nas questões morais, o tempo dirá. Porém, ainda que as evidências apontem para um comprometimento dela com aquilo que as Escrituras desaprovam, devemos estar bem certos de que “Deus reina sobre as nações; Deus se assenta no seu santo trono” (Sl 47.8) e que “como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor; este, segundo o seu querer, o inclina” (Pv 21.1).

Portanto, oremos pela presidente eleita e, como cidadãos cristãos, não deixemos de lado a responsabilidade de clamar e denunciar o pecado, inclusive o dos governantes, apontando para a justiça e o juízo do Supremo Rei de toda a terra.

Que Deus abençoe nossa nação.

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