24 maio 2008

A queda e a restauração da família

Quando lemos a Bíblia, percebemos que desde o princípio Deus é o Deus da família. Foi ele mesmo quem a estabeleceu quando deu ao homem uma auxiliadora idônea. Lemos no livro de Gênesis a afirmação: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24).

No mesmo livro de Gênesis, vemos que a família desfrutava da comunhão com o Senhor e da comunhão mútua. Era uma harmonia perfeita!

Porém, após a queda, esse relacionamento harmonioso da família com o Senhor foi maculado pelo pecado. Ao ser questionado sobre a desobediência, Adão culpou ao Senhor: “A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi” (Gn 3.12), ou, em outras palavras, “a culpa é do Senhor, foi o Senhor quem me deu essa esposa”.

As conseqüências do pecado na família são vistas também em Gênesis. A submissão da mulher ao marido, que acontecia de forma tranqüila e perfeita, agora seria penosa, e até a bênção da geração de filhos, que não foi retirada pela misericórdia do Senhor, seria dolorosa (cf. Gn 3.16). Enfim, o pecado afetou profundamente a vida da família.

Mas o livro de Gênesis não traz somente as más notícias sobre a influência do pecado na família. Existem bênçãos maravilhosas. No capítulo 3.15, o Senhor afirma que da mulher nasceria aquele que esmagaria a cabeça da serpente que os havia enganado. Mais adiante, quando o Senhor chama Abrão para sair de sua terra idólatra e ir para uma terra que ele próprio iria mostrá-lo, fazendo dele uma grande nação, promete: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3b).

O Senhor restaura famílias. Podemos perceber como é a vida de uma família que crê na redenção do Senhor no Salmo 128: “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao Senhor!” (1,3,4).

Pela graça, aos pés da cruz de Jesus Cristo, a família pode novamente viver em harmonia e glorificar o Senhor que a estabeleceu.

Aqueles que têm suas famílias aos pés do Senhor devem agradecer a cada dia; aqueles que não têm toda a família crente no Senhor devem continuar orando, testemunhando e falando do amor de Deus a cada membro.

Que o Senhor nos abençoe para que, à semelhança de Josué, possamos afirmar: “Eu e a minha casa, serviremos ao Senhor” (Js 24.15b).

19 maio 2008

E o coração, como vai?

A resposta a esta pergunta poderia ser: “Fiz meus exames recentemente e constatei que as taxas de colesterol e triglicerídeos estão muito boas; a pressão está normal; o coração está muito bem!”. Outra poderia ser: “Estou preocupado, ganhei muito peso e a pressão está muito alta; o colesterol também está alto. Não sei se o coração vai muito bem não!”

Essas e outras respostas seriam possíveis, mas não é a esse coração que me refiro na pergunta acima (apesar de ele também necessitar de cuidados). O coração a que me refiro é o descrito pela Bíblia como “o centro de controle do homem”, aquele mesmo que o profeta descreveu como enganoso e desesperadamente corrupto (Jr 17.9).

Infelizmente, são poucos os que têm dado a devida importância a esse coração. Não deveria ser assim, pois a obra do Senhor, morrendo na cruz do Calvário, foi justamente para redimi-lo e restaurá-lo.

Muitos daqueles que estão na igreja e que dizem amar a Cristo têm se contentado simplesmente em seguir regras. Acham que um controle do comportamento já é suficiente para que tenham uma vida reta aos olhos do Senhor. O problema é que mesmo ações e comportamentos que parecem bons podem ter uma motivação errada, e, ainda que os homens aplaudam, não é possível fugir do julgamento daquele que sonda e esquadrinha os corações (Jr 17.10; Jr 20.12).

Diante disso, precisamos estar atentos ao nosso coração. Devemos submeter as nossas ações, palavras e pensamentos ao crivo da “Palavra de Deus que é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, [...], e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12). A Palavra de Deus é como um Raio X que expõe as nossas motivações.

É claro que tudo isso é trabalhoso. A Bíblia afirma que “como águas profundas, são os propósitos do coração do homem”, mas afirma também que “o homem de inteligência sabe descobri-los” (Pv 20.5). Devemos, pela graça de Deus, rogar ao Senhor que nos capacite a interpretar corretamente sua Palavra e aplicá-la eficazmente em nossas vidas. Ela é capaz de descortinar os propósitos do nosso coração.

A mudança de comportamento que não leva em conta a sua causa traz frustração e produz fariseus. Constatamos isso com a afirmação de Jesus quanto a eles: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mt15.8).

Guardemos, portanto, o nosso coração, porque dele procedem as fontes da vida. Certamente, as ações, palavras e pensamentos que partem de um coração que guarda a Palavra glorificarão o nosso Redentor.

13 maio 2008

Escravos do Senhor, graças a Deus!

Hoje é o dia em que se comemora a abolição da escravatura. Em 1888 a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea tornando os negros do Brasil livres.

Ainda assim, uma escravidão pior que aquela é grandemente vista em nosso país e também no restante do mundo. A escravidão do pecado. A Bíblia afirma que o homem sem Cristo é escravo do pecado.

Essa era a nossa situação antes de ser resgatados por Cristo Jesus. Paulo dá graças dizendo: “Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça (Rm 6.17-18).

O que é interessante nesse texto é que as palavras “escravos” e “servos” vêm de uma mesma raiz. É como se Paulo estivesse dizendo: “Vocês eram escravos do pecado, mas foram libertos e agora são escravos da justiça”.

A liberdade que temos em Cristo não é para fazer o que queremos, mas para fazer a vontade do nosso Senhor. Em Cristo Jesus podemos e devemos viver uma vida santa, pois segundo o apóstolo Paulo o pecado não tem domínio sobre nós (Rm 6.14).

Como servos (ou escravos) devemos cumprir uma missão que nos foi confiada: a de louvar o Senhor e propagar as boas-novas de salvação, a fim de que mais pessoas tenham a mesma liberdade de servir a Cristo. Porém, nos cabe somente anunciar a liberdade e não libertar os cativos, pois libertar é prerrogativa do Espírito Santo.

Louvemos a Deus pela nossa “santa escravidão”. Agradeçamos sempre, pois pela sua livre graça o Senhor nos libertou da escravidão do reino das trevas e nos fez servos (escravos) do reino do Filho do seu amor.

Vivamos, pois, para a Glória do Senhor!

10 maio 2008

Maternidade, um presente de Deus

Desde criança ouço uma frase muito conhecida que diz: “Ser mãe é padecer no paraíso”. Essa frase expressa que a maternidade é uma dádiva, ainda que essa dádiva venha acompanhada de preocupações e, muitas vezes, de sofrimento.

Ser mãe é um privilégio concedido por Deus às mulheres, isso é claramente percebido nas Escrituras. Após o pecado de Adão e Eva, Deus pronuncia as maldições decorrentes da desobediência ao pacto, mas, apesar de aumentar os sofrimentos do parto, não retira da mulher a capacidade de conceber.

Nota-se ainda na Bíblia que muitas mulheres que eram estéreis clamaram a Deus a fim de que o Senhor lhes concedesse o privilégio da maternidade.

Apesar de tudo isso, de perceber que ser mãe é um privilégio grandioso concedido pelo Criador, lamento o fato de muitas mulheres preferirem criar cães a ter filhos. Nos grandes centros urbanos isso é muito comum. O pior é que muitas vezes esse pensamento encontra lugar até mesmo dentro das igrejas. Mulheres que, ao pensar na criação de filhos, só enxergam o lado penoso e difícil.

As mães têm uma responsabilidade muito grande e muito bela diante de Deus: a de, juntamente com o marido, criar os filhos na disciplina e na admoestação do Senhor. Essa tarefa, apesar de difícil, é um tanto quanto recompensadora.

Por tudo isso, desejo a vocês, mamães, as mais ricas bênçãos do Senhor. Que o Senhor Deus continue lhes concedendo forças para serem mães dedicadas e zelosas, que procuram o bem dos filhos. Que vocês nunca desanimem por ser, muitas vezes, incompreendidas pelos filhos ao dar aquele “sabão”, quando eles merecem.

E, para os filhos, uma outra orientação: amem e respeitem a sua mãe. A Palavra de Deus mostra que ele requer dos filhos obediência. Orem por sua mãe a fim de que o Senhor lhe conceda sabedoria para que cumpra o papel que ele mesmo deu a ela. E, mais ainda, demonstrem todo esse amor pela sua mãe. Ela merece!

05 maio 2008

Como anda a sua família?

Vivemos dias em que a sociedade e a mídia tentam, cada vez mais, provar que a família é uma instituição falida. Basta olhar as novelas e os comerciais que veiculam na TV para termos um bom exemplo disso.

O incentivo à traição, à rebeldia dos filhos e ao relacionamento homossexual é comum e tudo isso é colocado como sendo a coisa mais normal do mundo. Os grupos homossexuais advogam, cada dia mais ferozmente, a união civil entre gays e lésbicas. Já temos aqui no Brasil até casos de pastores que realizaram casamentos homossexuais, e, no anos passado, um “casal” homossexual obteve na justiça a guarda provisória de quatro irmãos, na cidade de Ribeirão Preto – SP.

No meio de tudo isso, de toda essa influência, estão nossas famílias. Como temos enfrentado isso? Qual o exemplo que temos dado em nossos lares?

A família foi instituída por Deus já no Jardim do Éden, quando ele exclamou: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” Foi o próprio Senhor quem providenciou para Adão uma família.

Em toda a Escritura vemos que Deus é o Deus da família. Mais que isso, vemos que o Senhor ordena e orienta o homem sobre a sua importância. Se queremos ter famílias bem ajustadas, devemos atentar para os ensinos da Bíblia.

O grande problema é que muitos em nossas igrejas não gastam tempo estudando a Bíblia em família, não fazem culto doméstico, não ensinam os filhos a amar o Senhor da Igreja.

Devemos entender que Igrejas fortes e firmes são constituídas de famílias fortes e firmes. Existem pessoas que se dedicam ao trabalho da igreja, mas que não dão a devida atenção à família. Devemos entender que, antes da igreja, vem a família. Estou dizendo antes da igreja, não de Deus. A ordem de prioridades deve ser: Deus, Família e Igreja. Neste sentido, é interessante olhar para o Salmo 128. O salmista começa falando que bem-aventurado é o homem que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos e ensina que este homem é abençoado no lar: “Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira à roda da tua mesa” (128.3). Só depois de falar de Deus e da família que ele menciona Sião, o lugar onde o povo se ajuntava para a adoração.

Não adianta sermos um sucesso na igreja e um fracasso dentro do nosso lar. Como os nossos vizinhos enxergam a nossa família? Somos exemplos para aqueles que nos rodeiam?

O grande desafio que temos em nossos dias é mostrar que a família não é uma instituição falida e viver bem em família, para louvor da glória do Senhor.

Que Deus abençoe nossas famílias!